tag:blogger.com,1999:blog-18818750991140780832024-02-19T02:36:24.902-08:00AtmosferaO ar anda rarefeito em seu habitat? Oxigene-se!Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-65014995582039333012012-02-04T11:03:00.001-08:002020-09-23T10:05:03.260-07:00O drama dos prematuros<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_5GyogyKsFtCdd7KSc1O8QGkiRqCWYVE225yfdMq4til9ew7qnVCtPAcWFqlfDpkn3Nw58da6Z_ROvZYgvktqnBGEsvVp0UmbwtkSVtBV4DMh3LkViwekBQMDpb5btwc1xG8c5Ms0zJw/s1600/prematuro.gif" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_5GyogyKsFtCdd7KSc1O8QGkiRqCWYVE225yfdMq4til9ew7qnVCtPAcWFqlfDpkn3Nw58da6Z_ROvZYgvktqnBGEsvVp0UmbwtkSVtBV4DMh3LkViwekBQMDpb5btwc1xG8c5Ms0zJw/s200/prematuro.gif" width="185" /></a></div>Vou contar uma história triste não porque eu goste de histórias tristes, mas porque essa precisa ser contada. É a história da curta vida de um bebê que morreu sem a ajuda que necessitava para sobreviver. Uma morte anunciada pela omissão, descaso, pela ausência de investimentos, um crime recorrente dentro de uma sociedade que não prioriza a saúde.<br />
A menina que viveu apenas 7h - vou chamá-la apenas de Ana - nasceu há poucas madrugadas em nossa cidade. O parto anunciou-se antes do previsto. Ela tinha sete meses e veio ao mundo pesando 1,8 kg, apenas 200g a menos do mínimo necessário para uma criança saudável sobreviver fora do útero materno sem o auxílio de aparelhos. Mesmo assim teria vivido para tornar-se uma linda menina se tivesse sido levada a uma UTI neonatal com urgência. A agonia de Ana e de sua família se prolongou por longas horas em busca de um leito nos hospitais regionais, que só apareceu quando já era tarde demais. Nem o privilégio de ter um plano de saúde particular a salvou da falta de recursos que assola a saúde, em especial no interior. Quem se importa se não há vagas? Ninguém pensa nas emergências que não suportam uma viagem de 500km. Em centros equipados, bebês de 5 meses já podem sobreviver. Mas Ana nasceu longe demais das capitais e não teve a sorte de outros prematuros que vieram ao mundo em dias em que sobravam vagas nas UTIs mais próximas. Aliás, nem uma incubadora havia para ela. <br />
Só esse fato já seria doloroso o suficiente para quem perde um filho nessas circunstâncias. Mas o que veio a se saber depois foi ainda mais espantoso e revoltante. Segundo a família, havia duas vagas em hospital de Santo Ângelo, mas não foram liberadas porque estavam "reservadas"para outras mães que nem tinham previsão de terem seus filhos nesses dias. Pergunto: não deveria alguém ser punido por essa morte? Reserva de vagas em UTIs não existe, existe sim é omissão de socorro. Algo realmente precisa mudar com urgência em nossa sociedade. Ana morreu por nosso descaso, por nossa indiferença, por não sermos capazes de cobramos um mundo mais justo e humano. Infelizmente Ana não foi o primeiro nem o último bebê a morrer por falta de atendimento ou transporte adequado em nossa região. Essas mortes continuarão a se repetir e enquanto nada for feito somente a sorte poderá definir os destinos dessas crianças. Se tiverem sorte, nascerão bem. Se tiverem problemas, terão sorte se conseguirem uma vaga em uma UTI. Se conseguirem a vaga, terão sorte se houver o transporte adequado em uma incubadora. Esse drama precisa ter fim.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-46590828899447054812011-12-31T07:39:00.000-08:002011-12-31T08:00:52.069-08:00Desejo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7KwxPHKb3-d-F5_6XsKs3B3g5dmlrbYomkPUc9l67y4HxBLpOMsTp0IAmS0lG9vchGusOloSeB0Kgp32WP8dHPAM76jvDVwHoVikAfK8ASiWTZZP-MPpfZGHfM1auoW7U6d39taap9cw/s1600/4390.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7KwxPHKb3-d-F5_6XsKs3B3g5dmlrbYomkPUc9l67y4HxBLpOMsTp0IAmS0lG9vchGusOloSeB0Kgp32WP8dHPAM76jvDVwHoVikAfK8ASiWTZZP-MPpfZGHfM1auoW7U6d39taap9cw/s200/4390.gif" width="163" /></a></div>Desejo para 2012 pessoas melhores, que saibam discernir o bem do mal e, sabendo, optem pelo primeiro. Desejo crianças mais pacientes e pais mais firmes, homens mais tolerantes com a ingenuidade alheia e intolerantes com a corrupção e a injustiça. Desejo jovens que possam ver que a alegria está no espírito de cada um e não em um copo de bebida.<br />
Desejo pessoas sendo tratadas como seres humanos - sendo olhadas nos olhos - e não como estatísticas ou números. Desejo, com urgência, corações expostos, sem medo de dizer a verdade e de sentir. Sim, desejo que reaprendamos a sentir e a dizer o que sentimos, o que sonhamos, o que queremos, sem medo. Quero pessoas dizendo eu te amo e isso sendo a mais pura verdade e não uma frase de efeito. Desejo o fim da falsidade, da hipocrisia, da violência. Anseio pelo reinado do diálogo, do carinho, da compreensão, da liberdade.<br />
E falo da liberdade digna, que não seja a propalada pela mediocridade. Desejo políticos preocupados com pessoas, mas se não estiverem, desejo pessoas preocupadas em substituí-los. Desejo que a palavra dada seja cumprida e o erro perverso, sanado e punido. Quero, em 2012, o empenho pela felicidade sendo prioridade de um caminho construído por todos. Desejo que as pessoas agressivas recebam o afeto que necessitam, que acarinhadas aprendam a amar sem provocar dor e que, sabendo amar, iluminem um mundo cordial, onde a guerra esteja apenas em um livro na estante. Desejo que as pessoas pensem mais mesmo que isso lhe custe um sorriso. Desejo que elas parem de correr, pois nada há que justifique a pressa insana. Que apreciem o sol, o mar, a chuva, o céu, as estrelas, uma criança brincando, antes que seus olhos não possam ver mais nada. <br />
Desejo que as pessoas redescubram os valores certos, que trazem paz e segurança, para que não se magoem mais umas às outras. Desejo o perdão a quem quer reviver sem culpa, desejo calor humano a quem sofre e a quem luta. Desejo que as súplicas de amor sejam ouvidas, que a solidão seja só um descanso e que a vida possa ser usufruída com responsabilidade e, assim sendo, respeitada acima de tudo. Desejo força a quem não tem, voz para os oprimidos e bons, silêncio aos malfeitores. Desejo uma janela a quem não pode mais ser visto.<br />
Por fim, desejo que todas as pessoas do mundo tenham hoje algo a comemorar, porque a desesperança é túmulo da alma. E que, tendo algo a comemorar, tenham com o que comemorar para que a fome não retire do olhar o sopro da existência que nos faz flutuar.<br />
Que venha um 2012 justo e com ele pessoas renovadas na arte de amar!Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-50578000870876474022011-11-21T05:23:00.000-08:002011-11-21T05:23:13.062-08:00O caminho de uma nova geração<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF1lMtOqUUyr8gRCZQUp_qk0roQi6HNdgt-A7k3HbNRfnIp_M9xCAUlA4NX2VLns7AVZAScK_iOTty9OK8FvO3vqIX-riZco5lg7CnuJxP9RUr7K7B0v_LUfj8LncZITWXla7HVls6bQ0/s1600/campanha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="269" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF1lMtOqUUyr8gRCZQUp_qk0roQi6HNdgt-A7k3HbNRfnIp_M9xCAUlA4NX2VLns7AVZAScK_iOTty9OK8FvO3vqIX-riZco5lg7CnuJxP9RUr7K7B0v_LUfj8LncZITWXla7HVls6bQ0/s320/campanha.jpg" width="320" /></a></div>Eu faço parte da geração perdida, jovens que ficaram sem causas para lutar depois que seus pais levantaram todas as bandeiras das ideologias. Herdamos um mero retrato na parede. Pouca coisa mudou.<br />
Na história mais recente, os jovens abandonaram grande parte dessas ideologias e a política, descrentes de tudo e de todos. Mas na esteira desse ceticismo, incrivelmente a atual geração encontrou um caminho talvez muito mais produtivo para contribuir com as mudanças que o mundo precisa: o protagonismo.<br />
Os jovens deixaram de esperar pelas lideranças. Acreditam que podem fazer mais com aquilo que sabem e está ao seu alcance. Não deixaram de sonhar, mas esperam bem mais do que uma canção para os animar. Estão agindo, silenciosamente, e construindo uma nova forma de ser e pensar as responsabilidades. São jovens que adotaram novos valores, muito mais humanos, de convivência com os outros, apesar de todas as ausências de perspectivas que os cercam. São jovens que se importam com aquilo que está ao seu lado e nos ensinam que as verdadeiras revoluções começam dentro de nós.<br />
A campanha <i>Agir Sem Fronteiras</i> é feita por jovens universitários, uma delas de Cerro Largo, que se identificam com um olhar solidário capaz de transformar realidades. Se todos pudessem doar sua força de vontade, coragem e profissionalismo a quem foi segregado das chances da vida o mundo de fato poderia evoluir sem os traumas da guerra. Pudéssemos todos rever nossos preconceitos, acessar nossa tolerância, abrir portas com um pequeno gesto cotidiano de carinho, alcançaríamos enfim a sustentabilidade que é a ânsia do mundo: a disseminação do amor.<br />
<br />
<a href="http://wp.clicrbs.com.br/santarosa/2011/11/09/jovem-cerro-larguense-participara-de-voluntariado-na-africa/?topo=77%2C1%2C1">Quer fazer seu gesto, conheça aqui a campanha e como ajudar! </a>Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-231223227508844302011-10-15T14:48:00.000-07:002011-10-15T14:51:33.242-07:00Professor, sopro de inspiração<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://2.gvt0.com/vi/Pz4vQM_EmzI/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Pz4vQM_EmzI&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/Pz4vQM_EmzI&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object></div><br />
Ser professor não é para qualquer um. É muito difícil ensinar e não é por conta de carga horária elevada, baixos salários, condições de trabalho precárias, embora todas essas coisas ajudem a tornar bem mais penosa a tarefa de educar. É porque ensinar a aprender exige o dom amoroso da entrega, da persistência, da paciência. É mostrar que a gente só consegue aprender se acessar um sentimento profundo de envolvimento por aquilo que queremos realmente conhecer.<br />
Ensinar não é só repassar a técnica, assim como aprender não é apenas assimilá-la repetindo procedimentos. Ensinar é iluminar o caminho para que o aluno possa criar além de tudo isso. E para criar não basta apenas ter técnica, é preciso alocar o coração com toda a força e inspiração que isso envolve, uma inteligência extra que extrapola o que está nos livros. Entusiasmar a ponto de fazer o aluno colocar sua emoção na busca pelo conhecimento é também o que faz o bom professor. Desejamos, descobrimos e evoluimos porque alguém nos inspirou. Neste video pode-se perceber essas questões sem a necessidade de palavras. Uma justa homenagem a quem lida com letras, números, ideias e com os sentimentos mais mágicos e poderosos do ser humano.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-58326790029023968982011-09-07T09:44:00.000-07:002011-09-07T09:48:29.965-07:00Conflitos de se amar um país como o Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7dtrn3YvnrcAvHPSzWLJcJ5WkNjGq8XTvEqBf_OvXOYahd9rymRIjiq2Dlrw7MmmfSfrDctQXkZI2ONVDIo0IK6HJ8SMd_Xl4wjTgW58t9bn1csk8-YIsa5gdXun0UDwFJA1-zO2QGgY/s1600/corrupcao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="158" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7dtrn3YvnrcAvHPSzWLJcJ5WkNjGq8XTvEqBf_OvXOYahd9rymRIjiq2Dlrw7MmmfSfrDctQXkZI2ONVDIo0IK6HJ8SMd_Xl4wjTgW58t9bn1csk8-YIsa5gdXun0UDwFJA1-zO2QGgY/s200/corrupcao.jpg" width="200" /></a></div>Insiste em preponderar em grande parte dos corações brasileiros sentimentos contraditórios quando são chamados a declarar seu amor pela Pátria. Num país como o Brasil, repleto de corrupções, violências, falta de zelo e cidadania, a hora cívica é um momento conturbado para quem está para lá de Bagdá com tanto descaso. <br />
Pois digo que não deveria ser assim. Infelizmente confundimos o país que temos com aquele que queremos e nos esforçamos todos os dias para fazer crescer. Só podemos nos orgulhar de sermos brasileiros estando cientes que temos maravilhas a cultivar. E temos mesmo, somos com frequência destaques no exterior, tanto no esporte quanto na criatividade tecnológica, nos avanços econômicos que aos trancos e barrancos efetivamente se consolidam e na forma afetosa como nos relacionamos com todos os povos. Falta muito, é verdade, mas o mar não é de rosas para nenhum país no mundo.<br />
As coisas boas, porém, não nos esforçamos para lembrar aos nossos jovens. Tenho visto poucas manifestações de amor pela Pátria nos desfiles cívicos. Os protestos preponderam. Se forem formas de expressar que queremos um futuro melhor, ainda vá, mas muitas vezes parece mera desilusão. O problema é fazer com que as crianças vejam simplesmente este lado e cultivem um certo desconforto por empunhar uma bandeira brasileira. Aliás, onde estão os cartazes e bandeiras verde-amarelos com frases para a autoestima nacional? Cada vez mais raros.<br />
Cadê o incentivo às bandas dos colégios, hoje praticamente extintas? Lembro com saudade do meu tempo de banda, que muito me ensinou sobre ritmo, senso musical, harmonia. Nunca associei banda com militarismo ou ditaduras como gostam de apontar alguns neuróticos da educação libertária. Banda ensina música, que, aliás, os colégios já estão sendo obrigados a assumir em seus currículos. Eu sinto saudade nas horas cívicas daqueles poemas bem escrachados de amor por essa terrinha tão machucada, das crianças com bandeirinhas do verde das matas cantando <i>Eu Te Amo, Meu Brasil</i> sem nenhuma conotação pejorativa por trás ( por que diabos sempre tem de haver uma?)<i>.</i> Amor que não tem nada a ver com política, mas com essa gente trabalhadora que nos orgulha todos os dias. Somos - que pena! - tão abatidos com nossa história, desmotivados das nossas conquistas.<br />
Por que não podemos vibrar com esse país tão cheio de belezas ao menos uma vez por ano? Temos outros 364 dias para discutir e resolver nossos sérios problemas que nunca deveriam aplacar nosso amor pela Pátria, a Pátria que nos concede nossa identidade. Seria bom se nas salas de aula e nas salas de estar pudéssemos ouvir, além das críticas e da conscientização sobre nossos problemas, um pouco de saudável ufanismo por todas as nossas riquezas, valores e capacidade. Que tenhamos o direito de sermos estimulados a externar nossas felicidades nacionais sem vergonha ou medo, porque é essa força que vai garantir estar sempre acesa a chama da mudança nos corações jovens. Só amando verdadeiramente nosso país poderemos melhorá-lo.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-5166957330710039492011-08-26T08:51:00.000-07:002011-08-26T19:30:51.108-07:00Seja apaixonado!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs3A8VUl0Qz-UDkPFgdKjo5aZLRvQzBhbw3ZU5YSspxK5jUtDAcOp36dhD17OtvfEPUwjxzGybNrZBLNKvDRJ85Q5Wn8tbceGg0tSq7LBjxkqmP5CdrvabR-79rcxA4iLdNKwfye5MUec/s1600/torcida.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgs3A8VUl0Qz-UDkPFgdKjo5aZLRvQzBhbw3ZU5YSspxK5jUtDAcOp36dhD17OtvfEPUwjxzGybNrZBLNKvDRJ85Q5Wn8tbceGg0tSq7LBjxkqmP5CdrvabR-79rcxA4iLdNKwfye5MUec/s200/torcida.jpg" width="200" /></a></div>Adoro gente apaixonada. A paixão saudável, claro, não o terrorismo emocional. Quem curte muito o que faz contagia os outros e não se pode fazer nada a não ser jogar a toalha. Entrego-me a quem é assim. Toda vez, não tem jeito.<br />
Por exemplo, quem tem paixão pelo trabalho faz todo o mundo notar, não precisa apresentar o caso. O entusiasmo garante que quem estiver por perto fique logo sabendo. Às vezes dá uma inveja porque parece que ali não reside problemas, é tudo festa. Mas existem problemas sim, só que a pessoa apaixonada acredita que tudo valerá a pena no fim...e não é que tudo compensa mesmo? Claro, pois as pedras no caminho são só um percalço que desaparecerá assim que o resultado final for alcançado. E os apaixonados sempre alcançam o que querem porque não desistem nunca de ser felizes. Se não dá de um jeito, muda-se o roteiro e pronto! Dê-lhe paixão para outra direção, mas sempre fazendo o que se gosta. Para que dinheiro se eu só quero amar? já perguntava o incrível Tim Maia em uma de suas músicas mais famosas.<br />
Adoro gente apaixonada. É aquela alegria e disposição que lhes consome todas as forças ao mesmo tempo que as regenera. Veja-se a relação dos homens com o futebol. Mesmo a mais fanática das torcedoras é incapaz de reproduzir a paixão que os move quando o assunto é bola na rede. Enquanto as mulheres simplesmente vibram, os homens remexem as entranhas. Porque é assim: paixão só é paixão de verdade se for visceral. Por isso, até posso me incomodar quando os gritos são efusivos demais e as manifestações se alastram pela madrugada , mas se forem frutos da paixão saudável pelo esporte...eu entendo. <br />
E o que dizer das mulheres e sua paixão incondicional pelas criaturas que colocam no mundo? Não há nada capaz de se interpor entre uma mãe e um filho. O pai até que tenta, mas sabe lá no fundo que não fará fervilhar seu vínculo afetivo do mesmo modo que a leoa mãe. Porque só lá, enraizado no ser materno, é que o arrebatador sentimento reside com doçura ao mesmo tempo em que está apto a transformar-se em um tsunami quando menos se espera. Desculpem-me quem nunca saiu do sério para agarrar algo apaixonadamente. Desculpem-me os técnicos competentes por detrás de suas mesas. Desculpem-me aqueles que batem ponto apenas esperando o salário chegar. Perdoem-me. Verdadeiramente não tenho nada contra nenhum de vocês, às vezes é grande mesmo a vontade de sucumbir ao marasmo. Desculpem-me todos, mas gente apaixonada é uma benção para a vida e para o mundo. Elas são melhores porque fazem as coisas vibrarem. A paixão nunca deixa ninguém esmorecer, o máximo que ela permite é um pit stop rápido para o coração aquiescer.<br />
Não queria terminar com um chavão tão comum, porém quem resiste... A vida é muito curta para não sermos apaixonados. Sejamos logo antes que o tempo passe tão depressa que não nos dê nem tempo de sorrir. Recebemos apenas um sopro para voar com o qual precisamos plainar por toda nossa existência. Com certeza essa experiência merece o ardor que a torne inesquecível.<br />
Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-21330462633861605652011-07-30T10:22:00.000-07:002011-07-30T10:30:21.200-07:00Amy, a personagem<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0oU811GQAT59f0WFzlMYM9D2ZEtY-GKBGTyY8BvIPDtJPzqYcl-awwUreMFtV_8hy2xOM-filcSEmzqaogLCKhO8LKcVJE1OFb4zUDxpL9aWjiPa6OBmS9v4_4cJcnmQiYwnoQInI5YU/s1600/amy-winehouse-morreu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="126" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0oU811GQAT59f0WFzlMYM9D2ZEtY-GKBGTyY8BvIPDtJPzqYcl-awwUreMFtV_8hy2xOM-filcSEmzqaogLCKhO8LKcVJE1OFb4zUDxpL9aWjiPa6OBmS9v4_4cJcnmQiYwnoQInI5YU/s200/amy-winehouse-morreu.jpg" t$="true" width="200" /></a></div>Se você é do tipo que não se escandaliza mais com nada, nem precisa ler adiante. Este post é sobre a Amy Winehouse, que morreu vítima das drogas, em uma escalada crescente de degeneração física e emocional. Igual a tantas outras jovens? Pode ser, porém quem tem sensibilidade é bom que reflita. Chamou-me a atenção esta jovem não só por ser dona de uma voz incomparável, mas pelo apreço que recebeu entre os jovens de sua geração, copiadores do seu estilo de vestir e se arrumar.<br />
Será que Amy era mesmo a garota que seguiu os passos de ídolos da juventude de outras épocas, como Janis Joplin e Kurt Cobain, que também deixaram cedo os palcos tragados pelas drogas? Sim, ela também sucumbiu, no entanto há uma diferença bastante acentuada entre esta jovem e toda aquela turma dos anos 70. Amy não parece ter usado drogas para amplificar seu talento, para romper padrões, expor rebeldia ou compor letras mais piradas como foi a tônica da geração hippie. De frágil estrutura emocional, cedo foi turbinada para o sucesso e como apoio teve companheiros que a incentivaram à decadência. Ela teve realmente pouca ou nenhuma escolha. Preferível então compará-la a Michael Jackson, que mesmo muito mais velho, também terminou soterrado pela fama, massacrado pela mídia, sem poder repousar. No final, viu-se dormindo para sempre em uma overdose de anestésicos.<br />
O que eles tinham verdadeiramente em comum, além do talento, é que ao seu lado não havia ninguém para dizer chega! Deveria ser absurdo a nós perceber estarmos em uma sociedade que aplaude a drogadição e que já excedeu o seu limite de perversidade, sacrificando seus jovens escancaradamente, sem remorsos. Mas não, não é absurdo, tudo existe dentro de uma lógica doida, é muito lindo se chapar e se não lembrar de nada no outro dia a risada vai ser muito mais gostosa. É divertido correr riscos, it's so cool. Talvez já tenhamos vivido demais e estejamos de ressaca de sobrevivência. Quando será que o mundo vai acabar mesmo? Houve quem colocasse garrafas de bebida alcóolica em homenagem à Amy, incrível não?Deveriam ter quebrado garrafas, queimado suas baganas e seringas em uma grande fogueira simbólica. Mas não. A revolta e a tomada de atitude não existe mais em uma sociedade inconsciente de tão entorpecida por valores equivocados. <br />
Todos nós estamos ébrios, de cara cheia de individualismo. Amy morreu e sua morte não significa nada. Ela era uma personagem e cumpriu o papel que todos esperavam. Quem quer saber se existia humanidade nela? Pois digo que deveriam querer saber. Muitas outras Amys ainda estão por aí, talvez não tão talentosas, o que as tornam alvos ainda mais fáceis da nossa indiferença.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-69900696686898287652011-07-14T10:53:00.000-07:002011-07-14T11:07:19.674-07:00Liberalidade perigosa <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguyQ11YM-7STMtetR38sMz0fgfVNwPnktTfKQ6TjMp3L-e2wojxBU338lbryIuomqMs8ikBq-IqXA2tp5q9adp2tXW-WTfDiYvdWyB18gDuv9e01TP9DNW4T2BSBRhprUHgkDmNEiPpFU/s1600/depositogente.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="131" m$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguyQ11YM-7STMtetR38sMz0fgfVNwPnktTfKQ6TjMp3L-e2wojxBU338lbryIuomqMs8ikBq-IqXA2tp5q9adp2tXW-WTfDiYvdWyB18gDuv9e01TP9DNW4T2BSBRhprUHgkDmNEiPpFU/s200/depositogente.jpg" width="200" /></a></div>Lá vai o Brasil novamente para o lado contrário do bom senso. Ao invés de investir em novos presídios e em educação profissional para a massa carcerária, opta por libertar quem comete pequenos crimes ou pior - passa a aplicar penas alternativas que francamente são uma piada. <br />
Você pode roubar, portar arma ilegal, fazer receptação, que mesmo assim farão de tudo para que você fique livre. A incoerência está ficando mesmo temerária. Os cidadãos tem de arcar cada vez mais com o convívio de deliquentes na rua para que o Estado e o Judiciário sintam-se aliviados de suas responsabilidades. Solução tão fácil quanto varrer a sujeira para baixo do tapete. Só que um dia todo esse lixo vai aparecer e talvez seja tarde demais para muitos de nós, cidadãos de bem.<br />
Nosso país nunca investiu verdadeiramente em sistema prisional. Sempre entendeu as prisões como depósito de gente quando deveriam ser locais de recuperação para a volta produtiva e saudável dessas pessoas à sociedade. Quem comete pequenos delitos frequentemente tem um histórico de abandono, miséria ou má influência, pouca educação formal ou muita mas sem exemplo de valores morais. Só que ingressar no mundo da marginalidade é como adendrar o universo das drogas. Você testa e se nada lhe acontece você segue adiante. A ausência de limites cedo impulsiona o indivíduo a praticar atos mais graves assim como a experimentar drogas mais pesadas. Esse é um princípio básico da educação, qualquer bom pai sabe disso.<br />
Mas o governo não. Quer mais é livrar o seu lado, como se fosse escapar impunemente adiante. Só que sinto muito: com a nova e liberal legislação, só quem vai se escapar são os criminosos. A teoria de que coibir os pequenos ilícitos previne os mais graves já foi testada com êxito em muitos países asiáticos. A criminalidade é baixíssima no Japão e nas Coréias, por exemplo, onde se passam anos sem que nenhum furto ou roubo se registre porque lá jogar papel de bala na rua dá uma encrenca braba. E o Brasil faz justamente o oposto. Deixa correr frouxo as infrações leves para ter de punir só quando transformarem-se em graves e cruéis. Ao invés de desafogar o sistema prisional, o governo está é projetando sua superlotação adiante. Que custo para a sociedade, para as vítimas de todos esses crimes hediondos, para os pais que ficam sem seus filhos, para os cidadãos que vem os recursos públicos escoando para os bolsos de corruptos! <br />
Já era demais aguentarmos a tal da lei de progressão de regime, possibilitando a fuga sem fim de conhecidos marginais irrecuperáveis. Agora isso, o prende-e-solta vai virar o solta-de-uma-vez camuflado com o nome de medidas alternativas à prisão provisória: vamos esperar sentados o bandido apresentar-se espontâneamente à Justiça, deixar de ir à casa da mulher para espancá-la, de viajar para onde quiser só porque assim a lei está determinando. Quem vai fiscalizar isso? Por favor, não humilhem nossa inteligência! Somos humildes, não idiotas.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-87200259561835890732011-06-21T14:54:00.000-07:002011-06-21T14:54:09.013-07:00Um brinde à incoerência!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUgmusOKnlcqMo35yl7m7kwcf1Hiucn85Kir9dxqBRy1q4G2HkmLN99RPyXCr3FjC8Jr_kGGLqodo1ag5GXqZuV5kfgewEqrzVeIhN1yvebCUPl9B6GhC5B9X1K8cUjuBXcuJlzjCQPUQ/s1600/GEDC0900.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUgmusOKnlcqMo35yl7m7kwcf1Hiucn85Kir9dxqBRy1q4G2HkmLN99RPyXCr3FjC8Jr_kGGLqodo1ag5GXqZuV5kfgewEqrzVeIhN1yvebCUPl9B6GhC5B9X1K8cUjuBXcuJlzjCQPUQ/s200/GEDC0900.JPG" width="200" /></a></div>Eu queria entender o que nossa sociedade quer fazer realmente em relação às drogas. Proibir ou incentivar? Aparentemente só traficantes deveriam ser a favor desse comércio nefasto que destrói nossos jovens em tenra idade. Infelizmente não é verdade. Basta olhar para a foto ao lado para percebermos que a droga é legalmente aceita e incentivada até entre crianças por empresas com propagada idoneidade. Mesmo sem álcool, a champanha das princesas e dos carros tem tudo das originais borbulhantes brindadas nos reveions e está nas prateleiras dos supermercados junto às bebidas de adultos que é para as crianças não duvidarem de sua autenticidade. Acostume seus filhos desde já com a ideia de que festa combina com bebida alcoólica e verá como cedo eles associarão a necessidade de ingerí-la à diversão. <br />
Aí você pensa que quando a criançada entrar na adolescência estará mais protegida por ter aprendido na escola que drogas não são legais - fique longe delas! - mas na boate de sábado comprarão ingressos que darão direito a cerveja (grátis!), mesmo que eles sejam menores de idade. De que adianta todo o seu português contra esse tipo de estímulo? Somos constantemente assediados pela sedução da droga, um comportamento que choca-se com as campanhas de conscientização, com a orientação que nos esforçamos a dar, com as leis de restrição. Enquanto houver essa contradição, vamos combinar, é chover no molhado tentar educar. <br />
Nunca esse contraste ficou tão claro quanto agora, quando se discute a descriminalização da maconha. Se a droga for liberada, muitos fumantes do cigarro tradicional, atualmente acuados pela proibição de exercer seu vício em diversos locais públicos, vão trocar de bagana. Ou será que vão liberar para depois restringir, gastando milhões em campanhas de conscientização? Mas tem sempre alguém para lembrar que a descriminalização da droga é para acabar com o tráfico. Isso seria realmente um benefício se tal intento se concretizasse. Se permitir a venda de drogas terminasse com o negócio dos traficantes não veríamos todos os dias o contrabando de cigarros, produto legalmente aceito, invadindo as nossas fronteiras. Para o crime organizado, nem chega a haver uma mudança, é só seguir o baile.<br />
Então, vamos deixar de ser hipócritas! Ninguém pode impedir pais de beberem ou fumarem diante de seus filhos dentro de seus lares, dando o solene exemplo da displicência e, por que não dizer, da idiotice. Agora podemos sim, a despeito do capitalismo, viver melhor e mais saudáveis se nos livrarmos da incoerência no âmbito social. É impossível contermos as drogas se continuarmos a incentivar o seu consumo nas entrelinhas e também ostensivamente em festas e eventos públicos. É extremamente confuso para crianças e jovens ver o circo armado sem entender se é para divertirem-se nele ou não.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-63934179631356562872011-06-12T12:09:00.000-07:002011-06-12T12:09:51.036-07:00Casa de Cultura: de quem é a incompetência<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixYgjrAqHbXNhVyxFYo7FRMOfBmlT549avysx57FVv1L-71BU0wuvETXdYGfYl2KjYAssiFRXDXQJv-rycmdi6K_HpX5Xu1IXhrJ20XTKOvN6zXNLGXJacygHJ08NU5TcJTMjqmjG7cQI/s1600/incompetencia2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixYgjrAqHbXNhVyxFYo7FRMOfBmlT549avysx57FVv1L-71BU0wuvETXdYGfYl2KjYAssiFRXDXQJv-rycmdi6K_HpX5Xu1IXhrJ20XTKOvN6zXNLGXJacygHJ08NU5TcJTMjqmjG7cQI/s200/incompetencia2.jpg" t8="true" width="194" /></a></div>Um projeto de cedência da Casa de Cultura para o Lions Clube gerou um debate na Câmara de Vereadores que acabou, como não é incomum por aqui, em politicagem. Da mais grosseira. Como não podia acusar a atual administração do município pelo abandono do local, já que integra a bancada da situação no legislativo, o vereador Altevir Medeiros conseguiu a proeza de culpar a secretária de turismo do governo anterior, que deixou o cargo em 2004, e cujo trabalho tornou possível a construção desse patrimônio público.<br />
Lá se vão sete anos e ao que parece os representantes do atual governo e o distinto vereador nunca haviam pisado na Casa de Cultura. Nunca foram às várias exposições culturais que lá aconteceram durante os eventos do município no parque de exposições. Essa é a única explicação para jamais terem percebido como o "projeto era de má qualidade", como agora constatou o vereador, ou que o imóvel estava deteriorado, o que não é de estranhar depois de quase uma década sem investimento público! Ao ceder o imóvel para entidades sociais nada mais faz o governo do que assinar o atestado de incompetência em cuidar do patrimônio pelo qual deveria ser responsável.<br />
Estranho é que reformas vultuosas foram feitas no parque de exposições no último ano e nem um olhar foi dado à Casa de Cultura, por que será? Teria a ver com o fato da obra ser mérito de outro governo? Ao invés de acusar e difamar quem trouxe benesses para o município, deveria o vereador sentir vergonha e calar-se diante da inoperância e do descaso que tem o governo que defende com o patrimônio público. A Casa de Cultura é só mais um na lista dos projetos que ficaram ao léu. O quiosque de produtos coloniais continua às moscas e o prédio, que já precisou de reparos sem nunca ter servido à comunidade, virou um monumento ao desperdício de dinheiro público. Tudo indica que o Centro de Feirantes caminhe para o mesmo destino. Há um ano que o prédio está "em acabamentos finais" e nada de inauguração. Se bem que os feirantes esperam que isso nunca aconteça pois abominam a ideia de sair do centro da cidade e perder sua clientela. Se tivessem sido ouvidos previamente sobre o projeto talvez o dinheiro público fosse melhor aproveitado.<br />
Então, é preciso pensarmos, de quem é a incompetência no trato com o patrimônio público? De quem trabalha para trazer novos projetos à comunidade ou de quem terceiriza responsabilidades e cobra outros por aquilo que é seu dever fazer? Quando a sociedade terá uma explicação sobre tudo isso? Cabe ao bom administrador dar uma satisfação adequada a esses questionamentos que angustiam o cidadão pois há tão longo tempo nada se sabe porque tais obras continuam sem o uso devido. Cabe ao bom vereador cobrar essa explicação, ou o partidarismo fala mais alto do que o interesse da comunidade?Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-54568190356312014722011-05-24T11:01:00.000-07:002011-05-24T11:13:24.147-07:00A língua esfarrapada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7-m3Tt1m1hcORwiwrxSDeVaQv2_ymSzKUF9Tun2uFaRkXXlMxsxFfSySXn5Xzh2HPQkBrGtXps9JLTKQlc0HYlmdbsylgl4DFCy-MJ_HLEhIRH4n7vctX2qicOCHExaUqC2E6yNpgOao/s1600/novas-regras-da-lingua-portuguesa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7-m3Tt1m1hcORwiwrxSDeVaQv2_ymSzKUF9Tun2uFaRkXXlMxsxFfSySXn5Xzh2HPQkBrGtXps9JLTKQlc0HYlmdbsylgl4DFCy-MJ_HLEhIRH4n7vctX2qicOCHExaUqC2E6yNpgOao/s1600/novas-regras-da-lingua-portuguesa.jpg" t8="true" /></a></div>O MEC tenta se defender, mas o que está escrito não pode ser mudado. No polêmico livro didático <em>Por Uma Vida Melhor</em> se lança luz a um perigoso estratagema de inclusão que só deixa quem pouco sabe da língua portuguesa ainda mais distante da ascensão social. O texto diz explicitamente que não existe apenas uma forma correta de falar e escrever. Segundo a autora da obra, tudo é correto. <br />
Pergunto: temos ou não uma língua padrão que nos une como nação? Essa discussão de que existe diversas variações da mesma língua e todas podem ser consideradas corretas já vem de décadas nas universidades. Quando eu fiz Letras na UFRGS em 1997 imaginei o que seria se tais ideias virassem moda. Não é que pegou? E foram radicais nisso, mas o momento é propício pois casa com a visão política que detém o poder no país. Estão baixando o nível da educação para que todos sejam incluídos - às avessas - que tragédia! A educação precisa ser de tal forma que todos possam aprender a norma culta da língua para ter o melhor desempenho social e profissional possível. Legitimar a ignorância é mais triste que ridicularizá-la ou desconsiderá-la. Quem fala "nós pega" pode aprender a conjugar certo esse verbo, basta ter acesso a uma escola básica. Já o livro do MEC insiste que "nós pega" pode ser considerado correto tanto na fala quanto na escrita. É o fim. Vamos fechar as escolas, pois se tudo pode ser correto para que ensinar alguma coisa? Todos estão certos e que falem e escrevam como quiserem. E cuidado, não reclamem: se o individuo achar que foi vítima de preconceito linguistico, usando as palavras da autora do livro, pode muito bem lhe enquadrar em alguma lei. Pois o que considero preconceituoso é o texto do livro, que transforma o aprendizado da língua em uma luta de classes. Dessa forma, desconfio que incluir para o governo tenha o significado de rebaixar quem está em cima e não alçar quem está na base da pirâmide. Um belo movimento de mobilidade social ilusório que desqualifica ao invés de agregar valor.<br />
O MEC foi mesmo infeliz na forma como abordou o estudo sobre as variantes linguísticas. Elas existem nos regionalismos, no falar popular, mas nunca poderemos concordar que sejam aceitas na escrita como formas corretas de expressão a não ser na literatura, que o faz com consciência buscando dar vida a personagens tipificados e suas realidades. No livro a autora escreve que a língua é um instrumento de poder - certo! - então por que negar esse poder a quem ainda está à margem dele? Todo mundo sempre irá falar como achar melhor, como aprendeu em seu meio, mas o que essas pessoas tem o direito de saber é escrever e falar dentro das regras consideradas corretas pela norma culta da língua. Esse aprendizado sim fará os cidadãos brasileiros mais aptos a vencer os desafios da vida e encontrar um caminho digno de subsistência com o domínio amplo dos conhecimentos que julgar necessários.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-89321030311983707682011-05-17T09:42:00.000-07:002011-05-17T09:44:19.137-07:00Um bom professor é tudo?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmeK7NnOFoDWZof77Ay6_2jJonylXELt1yiQDBhk9Pjtt2eUqKmHDdFV5BOmMKTDj8bwXq6OetILOaz6h1jrZHtfbF7JDcbyzWh6bAULGvD64RVC7_hsoN97iYtbvTxYQUAC6D2-BcJVk/s1600/educacao222.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmeK7NnOFoDWZof77Ay6_2jJonylXELt1yiQDBhk9Pjtt2eUqKmHDdFV5BOmMKTDj8bwXq6OetILOaz6h1jrZHtfbF7JDcbyzWh6bAULGvD64RVC7_hsoN97iYtbvTxYQUAC6D2-BcJVk/s200/educacao222.jpg" width="200" /></a></div>Iniciou ontem a série de reportagens do Jornal Nacional que visa diagnosticar a realidade das escolas municipais de todo o país e já ficou claro como vivemos mesmo uma contradição nesse setor. A escola visitada em Novo Hamburgo, com Ideb ideal, estava bem equipada, com professores qualificados e bem remunerados e tem pais presentes e parceiros, que apóiam efetivamente a instituição e o trabalho por ela desenvolvido.<br />
Por outro lado, a outra escola avaliada, que tem o índice de desenvolvimento educacional baixo, apresentou características opostas, destaque para alunos com idades diversas na mesma sala de aula. Segundo a professora entrevistada, há dificuldade de alfabetização. Chamou-me a atenção dois itens que colaboram para que esse contraste se evidencie tanto. Por incrível que pareça nada tem a ver com a remuneração do professor, já que nas duas escolas o salário pago era praticamente o mesmo. O que bem as distinguia efetivamente eram os recursos que o professor dispunha para ensinar e a infraestrura da instituição. Porém ouso dizer que nem esse fator a meu ver é decisivo. Já a qualificação do professor sim tem profundas influência sobre o aprendizado e modo como ele é implementado na sala de aula. A professora da escola com melhor desempenho educacional tinha pós-graduação, o que certamente lhe dá vantagem nas práticas pedagógicas.<br />
Um bom professor é tudo. De nada adianta altas tecnologias se ele não sabe utilizá-las como instrumentos educacionais. Da mesma forma de nada adianta altos salários se o professor é pouco criativo em sua performance, mantém-se desinformado da evolução do ensino e não é capaz de inovar e aprender constantemente. É preciso que o conhecimento seja arrebatado com paixão e com paixão levado aos estudantes. É absolutamente necessário que o professor seja o condutor da educação, alguém com coragem e consciência de seu papel no mundo, no qual podemos nos inspirar e espelhar, um ser capaz de ultrapassar um cenário tão limitado com o das nossas atuais salas de aula. Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-22263218498256948352011-05-10T13:27:00.000-07:002011-05-10T13:40:48.512-07:00Acabaram-se (de novo!) as ilusões<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfxPRRDm2sNggCkAwYdxYffsvxZUXHRNy-qY7pjDBOLIQnEvrWaxsNmkH3-Jp6IzwdmhxLtoCVv9c4gFVJYc1YLCKR8SRcwRJASfF9a3Hli8WexEiggXe6U0cf_K5CcWDGDbLRcWARGbc/s1600/barack-obama-hope-stickers.gif" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfxPRRDm2sNggCkAwYdxYffsvxZUXHRNy-qY7pjDBOLIQnEvrWaxsNmkH3-Jp6IzwdmhxLtoCVv9c4gFVJYc1YLCKR8SRcwRJASfF9a3Hli8WexEiggXe6U0cf_K5CcWDGDbLRcWARGbc/s320/barack-obama-hope-stickers.gif" width="218" /></a></div>Eu apostava muito no Barack Obama. E quem não tinha suas ilusões no primeiro negro da história americana a assumir a presidência, com seu sorriso largo, com seu discurso conciliatório, que pregava a parceria entre os povos. Tanto que ganhou o Nobel da Paz, só concedido a figuras que primaram pelo diálogo e pelos acordos na luta pacifista, como Mahatma Gandhi. Obama ganhou o Nobel pela promessa do que viria a fazer pelo mundo e não pelo que fez, tanta era essa expectativa.<br />
Infelizmente o Obama não foi diferente dos demais líderes imperialistas que os EUA já teve. Na luta contra o terrorismo optou por usar as mesmas táticas agressivas de seus rivais, ou seja, igualou-se a eles. Usou a tortura para obter informações e ordenou a eliminação de Bin Laden quando, apesar de seus crimes, deveria ter sido julgado e então condenado, como aconteceu com os carrascos alemães da Segunda Guerra. Em suma, pôs em risco a imagem do Estado democrático como entidade capaz de resolver os problemas dos cidadãos.<br />
Por mais raiva que tenhamos do vil fanatismo dos terroristas, não é a vingança nos mesmos termos empregados pelo Obama que ajudará o mundo a encontrar a paz. Pelo contrário, o que virá será mais violência e as mortes seguintes serão culpa de quem? <br />
Eu não sei se existe uma forma mais eficiente de se lidar com o terrorismo. Só sei que para não perdermos nossa humanidade é bastante sensato que encontremos um caminho mais justo e civilizado - ou o mundo continuará a banhar-se de sangue numa guerra insana onde certamente não haverá vencedores. Nunca houve, aliás, nessa Terra desigual, verdadeiros vencedores entre aqueles que se utilizaram da força para triunfar. Quem usa a violência desistiu da inteligência. Não é o que se espera de um líder. Um líder deve dar um exemplo capaz de nos orgulhar. O Obama jogou seu prêmio nas águas do oceano. Nos deixa de lição apenas a desesperança e o medo de novos ataques. Nada mudou.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-27636198764281345982011-05-03T06:57:00.000-07:002011-05-03T06:57:19.911-07:00Com a palavra, os pássaros!<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx4Vs9UBCE_-ywVkGo4AvHReT9CaGy4VH9PTw3Arwtut9FDwYzAwjP0XBBm6ZZaBXlcyKZjAdpEpwG8uoSb91Br0pS2qYqRHYOHiIDp5A51oGKazh78knYVOvnpiIwnEu9D3kD5l_r-K4/s1600/2011.04.15_CERRO_LARGO-ANDORINHAS_emigrando_para_o_norte-DSCN2951_b.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx4Vs9UBCE_-ywVkGo4AvHReT9CaGy4VH9PTw3Arwtut9FDwYzAwjP0XBBm6ZZaBXlcyKZjAdpEpwG8uoSb91Br0pS2qYqRHYOHiIDp5A51oGKazh78knYVOvnpiIwnEu9D3kD5l_r-K4/s320/2011.04.15_CERRO_LARGO-ANDORINHAS_emigrando_para_o_norte-DSCN2951_b.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="right"><em> Ricardo Busse</em></div></td></tr>
</tbody></table>Considerei muita coincidência receber dois emails falando sobre pássaros em um mesmo dia e resolvi postar. Na primeira imagem, encaminhada pelo Ricardo Busse, que tem uma das visões mais privilegiadas da cidade, retrata-se a bonita migração das andorinhas que escolheram uma das antenas parabólicas do centro da cidade para um pouso estratégico. As aves nos dizem que a jornada é longa, mas para quem persiste e está habilitado o horizonte é logo ali.<br />
A segunda imagem é a pura ironia da vida, mas a cidadã que me enviou garante que os pássaros também são politizados. Pois aí estão os urubus pleiteando a abertura do quiosque na Br-392, que nem foi ocupado e já precisou de reformas. Mas na verdade a passarada não tá nem aí, o lugar é sossegado para uma reunião de condomínio, ótimo para uma espichada de asa ou para fazer uma boquinha. Quem diz que é mau agouro não sabe o que é maledicência...<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPVVQkHEKQEvKjP1vW6CDw-gaTVQ1ipeDL461h46j96-uU1Hergm3mAk91y1AoPQiz71wrD9y9_h-D6UNgAN7lNhL6qS46pVRp9wuOxBJK9_lx3WPRKq_BsuBlTFJINkUHAjJ47Igry-Q/s1600/SAM_0227.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" j8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPVVQkHEKQEvKjP1vW6CDw-gaTVQ1ipeDL461h46j96-uU1Hergm3mAk91y1AoPQiz71wrD9y9_h-D6UNgAN7lNhL6qS46pVRp9wuOxBJK9_lx3WPRKq_BsuBlTFJINkUHAjJ47Igry-Q/s400/SAM_0227.JPG" width="400" /></a></div>Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-53520647279228680102011-04-29T10:15:00.000-07:002011-04-29T10:15:07.534-07:00Titanic: que história!<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh69BqX9oCLdiGbBX05d87Lpdfssji30TvIxp6T7i29TgTRgw-nmVLbaWuybaysR2uRB0kZ5ifRf9WFpO7Fn_rny_z8R6khvkzZMGMIvrgLN1Fx7PIcgoKAs0EFDf7SyXgGZWi8t1WZNag/s1600/titanic.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh69BqX9oCLdiGbBX05d87Lpdfssji30TvIxp6T7i29TgTRgw-nmVLbaWuybaysR2uRB0kZ5ifRf9WFpO7Fn_rny_z8R6khvkzZMGMIvrgLN1Fx7PIcgoKAs0EFDf7SyXgGZWi8t1WZNag/s320/titanic.JPG" width="217" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Passaporte de Embarque</td></tr>
</tbody></table>O naufrágio do Titanic é uma daquelas histórias que quanto mais você conhece mais você se apaixona. Estive na exposição em Porto Alegre que apresenta peças recolhidas do transatlântico a partir de 1985, quando os destroços do navio, que afundou em abril de 1912, foram encontradas a 4 mil metros de profundidade.<br />
É uma experiência única sentir a recriação do clima e do ambiente de época e das condições do navio da White Star Lines. Saí impressionada, pois é difícil não sensibilizar-se com as histórias daquelas pessoas cujos destinos foram marcados para sempre. A maioria delas sofreu o desespero de não ter opção de salvamento, dado que o número de botes era insuficiente. Outras certamente tiveram a alma dilacerada justamente por estarem à salvo mas precisarem presenciar a morte de mais de mil pessoas, entre elas familiares próximos. Detalhe: mais 300 pessoas além das 700 resgatadas poderiam ter sido salvas se toda a capacidade dos botes tivesse sido utilizada, atitude racional certamente impedida pelo pânico do momento do desastre. <br />
20 casais em lua-de-mel viajavam no Titanic, entre eles os espanhóis Victor Penasco y Castellana e Maria Josefa de Soto e Vallejo. Eles estavam em Paris quando decidiram atravessar o oceano em uma aventura romântica. Para enganar a mãe de Victor, que era contra a viagem, o casal deixou seu mordomo em Paris, instruindo-o a enviar vários cartões postais já escritos para a Espanha enquanto eles estivessem viajando. Eles embarcaram na cabine 65 do navio, na primeira classe, mas só Maria, que tinha 17 anos, sobreviveu.<br />
Histórias assim permeiam a exposição, maravilhosas e tristes. Pertences dos passageiros, inclusive cartas protegidas por carteiras e malas de couro que as impermeabilizaram durante o século em que ficaram submersas, são uma parte valiosa da exposição. Assim como frascos de perfumes cujas essências ainda podem ser percebidas. Simplesmente impressionante os pisos resgatados dos salões e a louça com detalhes em ouro que expõe a riqueza dos magnatas da época em contraste com o ambiente perverso das caldeiras, onde trabalhadores lançavam carvão 24h nas fornalhas em uma temperatura em torno dos 40 graus. Praticamente todos morreram.<br />
Irresponsável a atitude do comandante, que apesar dos vários avisos de icebergs que lhe chegaram horas antes do acidente decidiu manter o navio a todo vapor, como atestou um dos equipamentos encontrados no fundo do mar, que marcava no momento da tragédia "velocidade máxima adiante".<br />
Na experiência sensorial que é visitar essa exposição é possível ouvir a reprodução do barulho das máquinas nas cabines de terceira classe, onde morreu a maior parte das pessoas, que não encontraram facilidades para subir ao convés na hora do acidente. É possível tocar em um iceberg e perceber a temperatura em que a água do oceano se encontrava naquela noite. É um frio que primeiro provoca dor e depois faz adormecer os músculos. Descobre-se então que a maioria das pessoas não morreu afogada, mas de hipotermia, absolutamente congelada.<br />
Há farto material sobre a incrível história do Titanic na web. Seguem dois links - um oficial da exposição<br />
onde podem ser encontradas mais histórias fantásticas através de relatos dos sobreviventes, e outro com um video que mostra como está hoje o navio no fundo do oceano.<br />
<br />
<a href="http://www.titanicaexposicao.com.br/">Exposição </a><br />
<br />
<a href="http://www.expeditiontitanic.com/">Expedição 2010 </a>Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-79661660298237612612011-04-19T05:59:00.000-07:002011-04-19T06:04:13.360-07:00Prisões no ócio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzv6nCvGrWo-TNOj7YZnGZTlGjmQdXY2qmAB5INLrCF9zevg-N51zoCEYRSAKqKRtn9wxW0oh-OsfLltLeDt1fYSSB9mr8tGeWygEFFp8OQ2uwfZkk_YH8khkKGiXSWDxmlbEHJiZweNY/s1600/PRISES%257E1.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="204" i8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzv6nCvGrWo-TNOj7YZnGZTlGjmQdXY2qmAB5INLrCF9zevg-N51zoCEYRSAKqKRtn9wxW0oh-OsfLltLeDt1fYSSB9mr8tGeWygEFFp8OQ2uwfZkk_YH8khkKGiXSWDxmlbEHJiZweNY/s320/PRISES%257E1.JPG" width="320" /></a></div>Todo ser humano precisa trabalhar para ter dignidade. Sentir-se útil é, antes de mais nada, dar sentido à própria vida. Por ferir um princípio tão básico de nossa existência é que é incompreensível que presos não trabalhem no Brasil. Nesse caso, além de resgatar a dignidade, o trabalho torna-se a única forma de recuperação e reinserção à sociedade desses indíviduos quando isso é possível. <br />
Exemplos não faltam. O presídio de Taquara foi considerado modelo no Rio Grande do Sul por ter uma infra-estrutura carcerária mínima e, principalmente, por dar condições de produtividade a seus detentos. Desde que começaram a fabricar chaveiros para uma empresa, não houve mais tentativas de fuga por lá. Então é de se imaginar os motivos que levam o Estado a deixar no ócio outros milhares de apenados quando é tão caro mantê-los. Trancados em uma cela o dia inteiro obviamente que só podem pensar em dar continuidade a seus crimes ou planejar rotas de fuga. Sabem que mesmo se cumprirem sua pena de forma correta serão segregados pela sociedade. Quem lhes dará um emprego quando sairem da prisão?<br />
Por outro lado, presos que têm a chance de serem produtivos não apenas recebem a possibilidade de aprendem a dar valor ao trabalho como recuperam a esperança de encontrar um lugar ao sol assim que deixarem as penitenciárias. Também desoneram a sociedade do ônus de custear-lhe a estadia nas prisões e a manutenção de suas famílias que ficaram desprotegidas, causa de revolta para muitos cidadãos.<br />
Mais do que qualquer outra pessoa, os presos necessitam trabalhar, pois é através de uma atividade produtiva que podem tornar-se efetivamente cidadãos. Sem isso, nossas prisões vão continuar sendo depósitos de gente sendo preparadas para a clandestinidade. Quem de lá sair, mesmo com boas intenções, será visto com temor e desconfiança pela sociedade e tem grandes probabiblidades de para lá retornar. Hoje o índice de reincidência ao crime no Brasil é de 70%, um dos mais altos do mundo. Prova do fracasso de nosso modelo prisional.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-38306336173337258842011-04-10T10:11:00.000-07:002011-04-10T10:28:46.111-07:00Somos xenófobos?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjetwV3hhAAO4c4NjOR4wZiJ57oVFPPtaNp47FBU6hWRCSLXFANouWpeAx11MyXZHXO31Vh3Mdb4N8RO1kabswDqiotgVwUiDXxkGG5Av8ctz5_S0znr4Kx93FgERil3KW1Zekwfrh040Q/s1600/xenofobo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjetwV3hhAAO4c4NjOR4wZiJ57oVFPPtaNp47FBU6hWRCSLXFANouWpeAx11MyXZHXO31Vh3Mdb4N8RO1kabswDqiotgVwUiDXxkGG5Av8ctz5_S0znr4Kx93FgERil3KW1Zekwfrh040Q/s200/xenofobo.jpg" width="176" /></a></div>Amiúde se interpõe em nossa vida comunitária, de forma constrangedora, o preconceito contra os estrangeiros. Leia-se estrangeiro todo aquele não nascido em nosso município, mesmo que o tenha adotado como terra natal. A todo momento, há evidências dessa xenofobia que agora começa a tornar-se um problema social na medida em que observamos gente de fora chegando para estudar na nova universidade. Anteriormente o preconceito citadino voltou-se contra os trabalhadores da Usina São José, grande parte nordestinos e da raça negra. Esses, que já partiram com o término da obra, sentiram na pele a exclusão social a que foram submetidos em festas populares e eventos afins. Tiveram de inventar sua própria diversão. Também foram alvos de desconfiança, quando a comunidade deixou transparecer seu receio diante de um suposto aumento do número de roubos e assaltos. Um medo infundado, pelo que se viu depois. Quem assaltou efetivamente era gente daqui mesmo, como dizem, os mesmos de sempre.<br />
Mas eu mesma, vejam só, nascida descendente de pioneiros que fundaram este município, já fui vítima de xenofobia por ter estudado fora em uma época em que nem havia curso superior por aqui. É como se ter saído do reduto, seja por qualquer motivo, fosse um crime inafiançável. O mais triste é ver tal atitude partir de lideranças sociais, que deveriam dar o exemplo em termos de tolerância e respeito. <br />
Será isso reflexo do baixo nível cultural ao qual chegamos após décadas de pobreza e abandono por parte dos governos federal e estadual? Ou como reduto de alemães herdamos uma repulsa a quem não pertence a essa descendência de imigrantes que desenvolveu esse chão? Em parte acredito que há ingredientes desses dois fatores nessa explicação. Certamente o atraso intelectual somado a uma paralisia econômica que deixou o município imutável por décadas, sempre dominado por uma mesma elite, está na base dessa intolerância que torna-se gritante agora que o município expressa um arroubo de desenvolvimento com os novos empreendimentos.<br />
Parece-me claro ainda que a xenofobia, incrustada muito fortemente nessa elite, aflora em momentos de disputa por poder, servindo, portanto, a propósitos políticos com a finalidade de desacreditar ou desqualificar quem vem de fora perante a comunidade. Dentro dessa mentalidade, que tenta perpetuar-se a todo o custo para que não haja mudanças no status quo, pertencer geneticamente a esta terra tem mais importância do que ter formação educacional ou ser um agente/cidadão competente dentro da comunidade.<br />
Não é possível que aceitemos essa discriminação como argumento sério em qualquer tipo de debate. É preciso expurgá-la o mais depressa possível de nosso meio sob pena de permanecermos estagnados em nosso desenvolvimento, arraigados nas mesmas premissas e prerrogativas que impedem o usufruto da diversidade na resolução de nossos problemas, principalmente aqueles perpetuados pela falta de ação dessas mesmas elites preconceituosas. <br />
Sim, somos xenófobos, mas o momento é apropriado para mudar essa mentalidade. A chegada de novos forasteiros a cada ano para estudar - rezemos para que esse número cresça rapidamente - significa que o sentimento de exclusão sofrido por estes será o estopim que deflagrará uma reação mais forte a esse comportamento tão nocivo a maior parte da comunidade. Precisamos estar atentos para apoiar este movimento que poderá nos libertar desse aspecto obscuro e indigesto de nossa personalidade social.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-63896293424443868002011-04-05T10:15:00.000-07:002011-04-05T10:15:01.148-07:00Promessas não cumpridas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAmeAjPLaOrT9dUzB4l48sWSuPaoF9bNIpWD-Ix6OZWr-_9DK1OtGlj4mWMP6dQhsOAufBb7lXX3BFv-LmDRCn62GAgKqneO6vI_Txp_wFGf-Vazn6m1T97F9ES-3069I5aF4wYtQLASE/s1600/ideologia.gif" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="186" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAmeAjPLaOrT9dUzB4l48sWSuPaoF9bNIpWD-Ix6OZWr-_9DK1OtGlj4mWMP6dQhsOAufBb7lXX3BFv-LmDRCn62GAgKqneO6vI_Txp_wFGf-Vazn6m1T97F9ES-3069I5aF4wYtQLASE/s200/ideologia.gif" width="200" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Eu não culpo os jovens que detestam a política porque é difícil ter estômago para aguentar as artimanhas do poder e a cara-de-pau daqueles políticos que mentem sem nenhuma vergonha apenas visando votos. Prometer e não cumprir é o mesmo que debochar do povo. Esses se fiam no fato de que as pessoas não têm memória e portanto são estúpidas o suficiente para serem enganadas quantas vezes for necessário. </div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Tenho para mim que essa corja tem razão. As pessoas não cobram as promessas que ouviram e ainda, muitas vezes, reelegem os devoradores do dinheiro público em troca de favores mesquinhos. O individualismo, aliás, explica muita coisa em nossa moderna sociedade. Que saudade das ideologias, que já morreram todas sem que nossos filhos pudessem usufrui-las. Ficaram nos livros de História para alguém recordar algum dia. Dentro dos partidos políticos, não existe mais a luta por uma causa, mas somente pela causa pessoal. Confesso que hoje voto na pessoa, como dizem, porque sinto uma leve esperança de que esta, tendo alguns valores compatíveis com os meus, possa a vir a fazer um bom trabalho. Não é o que todos pensam? Concluem isso diante da falência dos partidos. Nossas três maiores agremiações perderam-se no autoritarismo, no fisiologismo e no discurso doutrinário que, apesar de intitulado "democrático", não respeita a diversidade de opiniões. </div>É difícil para os jovens, diante disso, terem em mente novos tempos. Mas em todos os lugares do mundo todos os dias há provas de que as pessoas podem mudar sua realidade se assim quiserem. Se a política move a história, são os jovens que mudam o modo como se faz política. É preciso que eles imprimam a sua marca nesse tempo que já é futuro para que possamos voltar a sonhar.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-59178923084627293912011-03-29T11:03:00.000-07:002011-03-29T11:03:20.797-07:00Pague para plantar, reze para colher<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJKdKbhahnuHpRZ2LsgjuIASNoEQf_CP40tWUh_3hIFP_1YWs8JBVWRgBHKoJ0WmMwhXUZ-fkHMWZSnpwVyf3zGpGtfAEweVHY6T5jeEp_Pw6FFv4g_UweeLOx4zasI2nHUfT5lemwOgc/s1600/buracos_abre.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="125" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJKdKbhahnuHpRZ2LsgjuIASNoEQf_CP40tWUh_3hIFP_1YWs8JBVWRgBHKoJ0WmMwhXUZ-fkHMWZSnpwVyf3zGpGtfAEweVHY6T5jeEp_Pw6FFv4g_UweeLOx4zasI2nHUfT5lemwOgc/s200/buracos_abre.jpg" width="200" /></a></div>Ontem escutei o lamento de um produtor rural em rede nacional que sintetiza bem as dificuldades que vive o Brasil para avançar em seu desenvolvimento. "A gente tem de rezar para que chova no plantio e para que pare de chover na colheita". <br />
A frase singela revela duas situações dramáticas para quem trabalha no campo. A primeira delas é a dependência astronômica que os agricultores possuem das condições climáticas ideais, já que lhes falta tecnologia, conhecimento dos manejos do solo e, claro, recursos financeiros. Se vier estiagem ou mangas d'água, adeus, a única saída é o banco ou a anistia do governo. A segunda situação aparece na hora da colheita. Se chover não é possível colher e corre-se o risco de perder a qualidade do grão. Mas mesmo que se consiga esse feito, o que fazer com uma vasta produção se as estradas não tem trafegabilidade?<br />
São lastimáveis as condições de nossas estradas. Ñem vamos falar em asfaltos esburacados nas rodovias, que atrasam em horas e horas a entrega das remessas. Pensem nas pequenas propriedades nas cidades pequenas onde a terra de chão ainda é o único acesso. Em dias de chuva, nem adianta tentar sair por uma delas. São estradas que necessitam de patrolamento e encascalhamento constantes.<br />
Diante da imobilidade característica das autoridades brasileiras - ao contrário das japonesas que exigem o conserto de uma autoestrada em seis dias após um terremoto - imaginemos o sofrimento de quem vive da terra. Anos se passam e a história não muda. O Brasil errou enormemente ao ceder à ganância das empreiteiras que queriam fazer estradas. Desde os anos 50, a matriz de desenvolvimento do país assentou-se nas rodovias e abandonou o transporte ferroviário, um dos mais baratos e rápidos, principalmente para o escoamento de grandes safras. Agora o que podemos ver é a imensa fila dos caminhoneiros de grãos pelos principais portos do país esperando um lugar ao sol para descarregar. Nosso país precisa mesmo de muitos investimentos, especialmente de bom senso.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-47126691496119938502011-03-24T14:17:00.000-07:002011-03-24T14:17:30.711-07:00Água para todos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipQzCrRL4Pji9uOgglQP8GqgccBUCYyzJrb2mauP994Mbjeb5jSoS4K9bN16b3pTZUnTBngcAcvlkYQT-kscKX0PyKArPvVr4qLhyphenhyphenbCxftGVvlOVaTUU-cxjF74RfKNy_BAN-494IUXx0/s1600/agua.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipQzCrRL4Pji9uOgglQP8GqgccBUCYyzJrb2mauP994Mbjeb5jSoS4K9bN16b3pTZUnTBngcAcvlkYQT-kscKX0PyKArPvVr4qLhyphenhyphenbCxftGVvlOVaTUU-cxjF74RfKNy_BAN-494IUXx0/s200/agua.jpg" width="200" /></a></div>Estranho que repentinamente alguns municípios gaúchos levantem a lebre a favor da privatização da água. Alegam que querem ser independentes na escolha de seus parceiros, que a Corsan não tem efetuado serviços de qualidade em suas cidades. Posicionamento intrigante porque a Corsan sempre foi considerada uma empresa para lá de eficiente. Não posso imaginar que subitamente seu atendimento esteja tão ruim em alguns lugares enquanto alcança níveis de excelência em outros. <br />
Desconfiem. Por trás da reclamação, avultam-se interesses econômicos que querem cobrar bem pela água que consumimos. Privatizar a água, um bem público e universal, é um crime. A água é de todos e dela precisamos para sobreviver. Entregá-la em boas condições de consumo é dever do Estado e para isso pagamos nossos impostos. Podemos reivindicar melhores serviços, mas não desistir de nosso patrimônio.<br />
Para mim toda essa barulheira cheira a corrupção. Como aconteceu com o caso das lombadas eletrônicas, que viraram negociatas entre empresas e prefeituras, também a questão da privatização da água pode ter certos "aliados" entre muitos administradores públicos interessados em engrossar sua conta bancária. Quem duvida? Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-63750228840278605192011-03-19T10:29:00.000-07:002011-03-19T10:29:50.693-07:00Quem (a)pagará Fukushima?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIIznfjfN7khrNyqlRz05CONGVxHvFxv-sra2ANURpO9tEPGH0Q922aWz7JXdUNykH8L9IjW6SYhEF5iN-VLskQviB0jmEm4M4w4rf8uUAO4pDo7lY9i7j_WVjbdYlPukDyzk3OcFT_CY/s1600/radiacao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="125" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIIznfjfN7khrNyqlRz05CONGVxHvFxv-sra2ANURpO9tEPGH0Q922aWz7JXdUNykH8L9IjW6SYhEF5iN-VLskQviB0jmEm4M4w4rf8uUAO4pDo7lY9i7j_WVjbdYlPukDyzk3OcFT_CY/s200/radiacao.jpg" width="200" /></a></div>Esta semana o jornal britânico The Times denunciou que a companhia distribuidora de energia elétrica japonesa Tokyo Electric Power Co (Tepco), responsável por gerir o complexo nuclear de Fukushima, no Japão, adulterou dados de segurança, tentou encobrir problemas da usina e omitiu informações relevantes ao governo. Um dos procedimentos de fraude adotados foi a injeção de ar dentro do recipiente de contenção do reator 1 de Fukushima para, artificialmente, "baixar a taxa de fuga do calor".<br />
As linhas acima, do site Opera Mundi, prosseguem arrolando uma série de adulterações que fazem pensar. Leia mais em <a href="http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticia/REGISTRO+DE+INSPECAO+DA+USINA+NUCLEAR+DE+FUKUSHIMA+FOI+FALSIFICADO+DENUNCIA+JORNAL_10486.shtml?&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Boletim+Opera+426">Opera Mundi. </a>Unidas a outros documentos do Wikileaks, as denúncias são para deixar qualquer um de cabelo em pé. O Japão já havia sido advertido em 2009 que suas usinas não poderiam suportar grandes terremotos. Tem-se a plena certeza de que essa é uma tragédia anunciada dada a irresponsabilidade dessa empresa. Em uma terra de terremotos constantes, segurança deveria ser uma questão de ordem. Desde que foi construído o complexo de Fukushima, em 1967, o Japão já sofreu inúmeros abalos sísmicos de grande magnitude. Diante dessas denúncias, facilmente se deduz que outros vazamentos ocorreram ao longo das últimas décadas, mas foram escondidos da população e das autoridades. Faltou ética, rigor técnico e fiscalização. Em suma, faltou seriedade, inadmissível em um assunto tão grave em que milhares de vidas estavam jogo. Agora é tarde. Que os culpados sejam responsabilizados, pois este fato não pode ser considerado uma fatalidade.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-90891464406381285722011-03-17T12:00:00.000-07:002011-03-17T12:00:54.293-07:00Ares perigosos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM2HBb1ucFvCJIM2YIQ4nqx8nRda3xNshUvOd-cnFKHkffBeu8w6QF5IS0giJHtjzi1fspbeBxuJYFpAC6nZCRA4_SCWrhNQXy_DueUsKG4UZSZckKZZkzL2z-YcNxllqbgqAeQzdhlDo/s1600/energia-nuclear.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="157" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM2HBb1ucFvCJIM2YIQ4nqx8nRda3xNshUvOd-cnFKHkffBeu8w6QF5IS0giJHtjzi1fspbeBxuJYFpAC6nZCRA4_SCWrhNQXy_DueUsKG4UZSZckKZZkzL2z-YcNxllqbgqAeQzdhlDo/s200/energia-nuclear.jpg" width="200" /></a></div>A tragédia japonesa reacende o debate em torno do uso da energia nuclear. Muito embora acontecimentos como esse faça o mundo repensar sua matriz energética, dificlmente o homem poderá abrir mão desse tipo de energia, muito utilizada hoje na medicina e na produção de alimentos. Apesar de perigosa e em excesso fatal para os seres vivos, ainda tem impacto ambiental menos danoso que outras fontes de energia, como a produzida pelas usinas hidrelétricas.<br />
Mas não quero com isso defender as usinas nucleares, especialmente em um momento no qual milhares morrerão pelos efeitos do vazamento de Fukushyma. Mesmo raros, os acidentes acontecem e quando acontecem são devastadores. Devemos aprender a eliminar riscos como esse, pois melhor seria se eles não existissem. O fato de outros tipos de energia serem mais caras não poderiam nos impedir de tentar novos investimentos. A energia eólica e solar são alternativas que precisam ser encaradas com seriedade pelos governos. Ao contrário da energia nuclear, elas compensam o alto investimento sem riscos para a humanidade. Está na hora de chegarmos a um novo patamar de desenvolvimento, onde a vida seja respeitada sob todos os aspectos. Vale o click abaixo para ver as boas ideias que circulam por aí visando um mundo efetivamente sustentável.<br />
<br />
<a href="http://super.abril.com.br/blogs/planeta/pontes-rodoviarias-sao-fonte-de-energia-na-italia/">Pontes como fontes de energia na Itália</a><br />
<br />
Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-4749540302628042612011-03-12T09:05:00.000-08:002011-03-12T09:05:42.535-08:00Em caso de emergência, salve-se!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRbKERaWyVWTJCCBuMaC1UFqRxq1TCmAxYp_gV_d7lssaQAZnTJrBAEGsPzU30D1wRdAdJ8GOhNlGaFaqla0KGdo73LX5LmCk_dL-MDcO8fHu9u5LCCSFkLVNYgRaNyms63BlBmB6qU7s/s1600/samu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRbKERaWyVWTJCCBuMaC1UFqRxq1TCmAxYp_gV_d7lssaQAZnTJrBAEGsPzU30D1wRdAdJ8GOhNlGaFaqla0KGdo73LX5LmCk_dL-MDcO8fHu9u5LCCSFkLVNYgRaNyms63BlBmB6qU7s/s200/samu.jpg" width="200" /></a></div>Não é novidade que o sistema público de saúde é bárbaro e cruel. Sofrer dias em um corredor de hospital sem atendimento adequado é desumano e levanta a dúvida de como as pessoas comuns suportam tal descaso das autoridades sem protestar. Como aguentam? Um mistério que só tem explicação na ignorância e na opressão, ou mesmo no próprio cansaço de quem se encontra fragilizado diante da arrogância do poder.<br />
Agora a moda é distribuir equipamentos, o que é um teste de capacidade para os gestores públicos e de paciência para a população. Veja o caso das SAMUs, unidades móveis para atendimento de urgência, que são espalhadas aos quatro ventos. Infelizmente nem todos os gestores têm a mesma competência ou interesse em agilizar seu funcionamento e muitos veículos acabam nas garagens sem uso por ausência de profissionais habilitados para executar o serviço. É a velha história de se colocar o carro diante dos bois. Investe-se em equipamentos, mas nunca na mão-de-obra. Não funciona, é botar dinheiro fora deixando o patrimônio deteriorar. A articulação entre União, Estados e Municípios, nesse caso, precisa ser ágil pois estamos falando de vidas, que continuam aliás sendo perdidas por falta desse tipo de atendimento. <br />
Similar é o caso das obras públicas abandonadas por carência de organização e planejamento de suas finalidades. Hoje é possível a obtenção de recursos federais para todo o tipo de empreendimento, desde que a obra tenha a destinação descrita no projeto. Mas obra pronta sem que o município articule seu aproveitamento é desperdício de dinheiro público. Erguer paredes para o nada é um crime, muito triste para um país onde ainda existe tanta pobreza. Pois é, por incrível que pareça os elefantes brancos, tão comuns no Brasil na décado de 70 do século passado, continuam a exibir o seu marfim em muitas de nossas cidades. Não é preciso muito esforço para deduzir quem mais perde com isso.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-76970456671687264872011-03-08T08:38:00.000-08:002011-03-08T08:39:56.654-08:00Da tribo do descanso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiECAtMuOfpjLwJGscIS9NSM0ij8bUpuU3ydJLYO8LxvAclUsV2olWaXJ4R2qQQ6yJg-VuJbA58nbH0eRSruuv4-DJaWYTHO7nHwdxo2L4Ou9a8vgSREO8oMVyRPs4YGJsoZQ8Bd-0bwsU/s1600/carnaval2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiECAtMuOfpjLwJGscIS9NSM0ij8bUpuU3ydJLYO8LxvAclUsV2olWaXJ4R2qQQ6yJg-VuJbA58nbH0eRSruuv4-DJaWYTHO7nHwdxo2L4Ou9a8vgSREO8oMVyRPs4YGJsoZQ8Bd-0bwsU/s200/carnaval2.jpg" width="188" /></a></div>O modo como a gente encara o carnaval, salvo raras exceções, muda de acordo com a idade. Até os 30 a balada é intensa, com direito a fantasia, bloco, viagens e muita cerveja. O corpo aguenta. Depois dos 40 anos, a ânsia pelos dias de folia é por conta do feriado. São quatro dias para você dormir o que você não dormiu no restante do mês, tentando beber uma cerveja nos intervalos do sono. Bebeu no almoço, a siesta é grarantida. De noite pode-se beber mais um pouco para acompanhar o primeiro desfile das escolas de samba do Rio pela TV, claro. Mas, como disse, é só o primeiro desfile. O resto a gente sonha na cama, que é muito melhor que qualquer atropelo ao vivo e a cores de uma batucada.<br />
Exageros à parte, acho o carnaval uma ótima oportunidade de sair do sério. Há quem se renove pulando atrás de um trio elétrico. E há os que emendam o descanso. Pertenço atualmente à segunda tribo, e espero que me contem das festas depois. Para me seduzir hoje em dia, só um camarote no Rio - por uma noite, óbvio, porque ninguém é de ferro.Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1881875099114078083.post-37673596762013648212011-03-03T09:37:00.000-08:002011-03-03T09:37:15.674-08:00O relógio do tempo e o INSS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiukaLoQQk6FtAvMPycTLMoBo3qCYXt0of2snoWUYUdvTduGpUr2sCSLKoNq61NwK4jv8CNiNPdsbRImh9Jb9xN03O4ydIt_vTbLvTUICwi9GTHhAnTZcnlXauT_k57WpYQjvqrI74W408/s1600/GEDC0394.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiukaLoQQk6FtAvMPycTLMoBo3qCYXt0of2snoWUYUdvTduGpUr2sCSLKoNq61NwK4jv8CNiNPdsbRImh9Jb9xN03O4ydIt_vTbLvTUICwi9GTHhAnTZcnlXauT_k57WpYQjvqrI74W408/s200/GEDC0394.JPG" width="200" /></a></div>A minha avó faleceu na semana que passou e eu ia falar das tantas coisas que encontramos em seu armário que ela nunca deixava ninguém mexer, como esse cinzeiro austríaco com abafador da década de 70, nada valioso mas curioso. Infelizmente o giro na roda do tempo me fez dar de cara novamente com a nossa dura e imoral realidade. E como eu sou de revoltar-me com os absurdos da vida e todos os seus aproveitadores de plantão me vi impelida a compartilhar com vocês a ganância do Estado Brasileiro contra os fracos. Parece fácil distribuir bolsa-família em troca de votos, mas corrigir injustiças não é com o governo. Explico: a minha avó faleceu no dia 21 de fevereiro e para nosso espanto o INSS, da qual ela era pensionista, nos informa que não vai liberar o auxílio referente a esses vinte dias em que ela esteve efetivamente viva!, só sob determinação judicial. Queridos, não aguento, não é possível! Quer dizer que o cidadão passa a vida contribuindo para essa maravilha da "in"seguridade social e no final, quando mais precisa, se vê obrigado a acionar a Justiça para ter o que deveria ser seu de direito. É público e notório que pensões e aposentadorias vão se desvalorizando com o tempo, pois os reajustes nunca garantem o valor real do salário com o qual o trabalhador se aposentou. E a gente aguenta, o povo se vira. Já seria um reconhecimento justo desse descaso histórico que o último salário da vida desse cidadão lhe fosse entregue integralmente independente do dia em que faleceu, pois caso o governo não saiba morrer custa caro. Mas nem isso: o INSS prefere referendar essa injustiça com louros - passa a mão até nos vinténs que o segurado tem direito, um crime contra o qual todos nós devemos nos indignar e cobrar uma mudança. Enquanto isso, além de não ficarem doentes, lembro a todos: não morram antes do final do mês! Silvia Deweshttp://www.blogger.com/profile/06683894363344996636noreply@blogger.com1