domingo, 30 de janeiro de 2011

Ser diferente é normal!


Em São Luiz Gonzaga o cineasta Alex Duarte está concluindo as gravações de um novo projeto que toca em um tema sempre sensível que é a questão do preconceito. Em Cromossomo 21, o amor entre uma portadora de Síndrome de Down e um jovem normal provoca uma reflexão sobre o modo como encaramos a inserção dessas pessoas na sociedade. A discussão desse assunto não é novidade, visto já ter sido abordado na telinha em mais de uma oportunidade. Porém, ver em cena o desempenho da atriz Adriele Lopes Pelentir como protagonista principal faz pensar no incrível potencial dessas pessoas que são tantas vezes ignoradas pela ausência de oportunidades. No mais, é sempre bom nos depararmos de vez em quando com nossos próprios medos e tensões diante daquilo que conhecemos tão pouco. O filme do Alex, que tem como parceiros o pessoal da ONG Down Unidos pelo Amanhã, promete ajudar a nos livrarmos dessa estranheza, nos aproximando de uma parte do nosso próprio mundo que insistimos em não ver.
Quer saber mais sobre esse projeto bacana? Está tudinho relatado em um blog criado especialmente para esse filme já citado na revista Caras, é só clicar no link a seguir para acompanhar tudo o que rola nos bastidores das filmagens. Beleza pura! http://cromossomo21.com.br/

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Transparência no ar

Desde o final do ano passado, o Tribunal de Contas do RS está de endereço novo na internet. O portal tem um visual mais atrativo, que facilita as consultas para o cidadão comum. Agora, por exemplo, não é preciso mais solicitar o código de acesso do município que se deseja consultar. Já na capa do site - sob o título Controle Social - um mapa com um mecanismo de busca facilita esse processo, bastando digitar o nome do município e escolher qual ação se deseja fazer: gestão fiscal, receitas ou despesas do orçamento.
Outra evolução é que os dados estão bem mais detalhados. Além de ficar sabendo quem recebeu dinheiro público e as quantias envolvidas, o cidadão pode verificar o destino dos recursos - em quais materiais ou serviços foram aplicados. O site disponibiliza ainda notícias sobre os julgamentos do TCE referentes às contas públicas, o que é um bom parâmetro para se saber quem é ou não um bom gestor. Pena que a decisão final sempre recai para as Câmaras de Vereadores, o que a torna um ato político. Nesse contexto a fiscalização feito pelo cidadão cresce em importância, pois só com informação podemos acertar na hora do voto, única arma segura contra a improbidade administrativa e a impunidade. A transparência é um dever do Estado e dos governantes e um direito do cidadão. O novo portal do TCE é um canal que estimula o exercício desses papéis, vale a pena acompanhar. Clica aí!http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ares do passado

Subi à Serra Gaúcha no findi e como sempre acontece me apaixonei por aquelas coisas antiguinhas que lembram a vida de outrora. No Castelinho em Canela vi esta charmosa geladeira de madeira, dos primórdios da refrigeração.
Para conservar os alimentos, os imigrantes do início do século compravam grandes blocos de gelo que eram acomodados em um dos compartimentos da geladeira, toda revestida de cobre. O charme de uma dessas maquininhas hoje custa em torno de R$ 4 mil. Virou objeto de arte e sem dúvida valoriza qualquer ambiente.
Fica a dica: é bom guardarmos alguns objetos que marcam época e estilo de vida. Nunca se sabe o quanto eles podem valer no futuro, tanto em termos financeiros como culturais, já que representam nossa memória.
Não tenho geladeira de madeira, mas o vaso que podem ver em cima dessa da foto é relíquia que também tenho na família, descendente de alemães da Alemanha e da Áustria. Era da minha vó (que hoje tem 98 anos), passou pela minha mãe e hoje decora a casa de minha irmã. Preservadíssimo!    

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Veias abertas da natureza

A tragédia do Rio é um pouco do fracasso de nossa forma de vida sobre a Terra. Dizer somente que as chuvas intensas são as responsáveis pelo deslizamentos dos morros, nus de suas amarras naturais após décadas de ocupação desordenada, é no mínimo uma irresponsabilidade que ajuda a distanciar ainda mais o enfrentamento da causa real do problema. Pois é o que circula com tranquilidade pela imprensa, salvo raras exceções. Uma pena.
Enquanto isso, pessoas morrem como em um cenário de guerra. De nada adianta lamentarmos todos esses óbitos se continuarmos a nos omitir na cobrança dessa solução. Nossas autoridades precisam entender que lidar com a natureza não é brincadeira, que árvores não são simplesmente para bonito e que morros não são depósitos de lixo. Chega de descaso. Está na hora de revermos nossas cidades, o modo como povoamos nosso solo e interagimos com ele. As veias já estão expostas.

foto: estadão

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Arte surpreendente

A arte moderna não dá para entender. Quantas vezes você já ouviu isso? Certamente o comentário originou-se da agonia do cidadão diante daquelas instalações estranhas expostas sem dó nem piedade nas galerias de arte, como um sapato colado no teto ou um monte de lixo grudado em uma aquarela. O entendimento não é para qualquer zé.
Pois o artista alemão Edgar Müller não precisou de tantos conceitos abstratos para fazer suas obras causarem sensação. Uniu criatividade e talento para fazer pinturas tridimensionais em um ambiente bem popular - a rua. O efeito é fantástico, como se pode ver, e seduz qualquer trauseunte. Entendo a arte assim: qualidade artística associada a uma boa dose de impacto social. Toda beleza deveria ser envolvente a ponto de gerar prazer e surpresa, de forma equilibrada, mas absolutamente inquietante.        

domingo, 9 de janeiro de 2011

Renove o fôlego


Você não pira às vezes com a tecnologia? É postar no facebook, responder os recados do orkut, tuitar, checar os e-mails, atender o celular - que sempre toca nas horas mais impróprias - e por aí vai. Tempos confortáveis, mas difíceis esse da modernidade, não é mesmo? O desafio é manter a sanidade em meio a toda essa parafernália.
O video acima é da Fondo Filmes, uma produtora carioca que desde 2007 faz filmes para a internet. 15 minutos de tolerância, um curta premiado, chama a atenção para os desastres psicológicos do nosso século. Segue a linha do humor negro. O celular é um dos protagonistas. Doideira total, bem possível de acontecer com qualquer classuda de shopping. Se você conseguir rir é porque está longe de perder a razão. Coisa boa. Para mim instigou uma reflexão sobre nosso conturbado mundo, por isso compartilho. Se ficar sem fôlego ajuda uma voltinha junto à natureza e bem longe dos nossos aparelhinhos barulhentos. Vai que essa piração pega...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Wikileaks despressurizando...

A ONG Wikileaks desengarrafou um turbilhão de informações que vieram para podermos conhecer melhor o mundo em que vivemos. Hipocrisia never more. Conectado a pessoas que não agem legal com suas corporações, mas agem legal com gente como nós, latino-americanos sem dinheiro no bolso, o Julian Assange deixou vazar muito do oxigênio retido que todos estávamos precisando.
Seria correto os governantes manterem transparentes seus procedimentos, mas preferem ser claros e sorridentes apenas diante dos holofotes. Então tudo bem se eles escolhem os bastidores, desde que nós tenhamos o direito de ir lá e levantar a cortina para ver o espetáculo que afinal está sendo pago por todo o mundo. Informações que todos merecem saber não podem ser ocultadas. Liberdade, claro, exercida com responsabilidade. 
Desejo que esse mundo novo fique cada vez mais admirável, pondo todos os pingos nos is. A ignorância e o terror sustentam os poderes sujos. A informação e o conhecimento arrebentam os diques. Quer sair da asfixia? Acompanhe os vazamentos do Wikileaks através do Opera Mundi. A intimidação por parte dos governos, evidentemente, já começou. Siga o link: http://operamundi.uol.com.br/

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Respire mais fundo!

Todo mundo sabe que a falta de oxigênio pode danificar o cérebro. E como estamos respirando mal por esses dias! Pois eu estava quase sem ar - e imaginei que muitos talvez também estivessem - quando decidi criar este blog. O ar é um artigo raro no nosso mundinho cheio de espertalhões que tentam a toda hora nos sufocar pela falta de cultura, de informação e de liberdade. São os ladrões de oxigênio, que criam tantos entraves que quando você percebe está emparedado a sete palmos. Veja bem: se nada mais lhe instiga a pensar em algo relevante é porque você já experimentou essa sensação de fim dos tempos. Se teve os direitos desrespeitados e nada de Justiça, ô sufoco. Se você já quis falar e teve medo das consequências, sim, com certeza você está com o grampo no nariz!
Então assim: vamos ocupando os guetos oxigenados enquanto é tempo e talvez consigamos produzir algumas moléculas a mais de O2 pela nossa sobrevivência. Eu hoje acredito no refrigerado mundo on line, embora desconfie que sua atmosfera leve esteja com os dias contados. Por enquanto, o ar na web é puríssimo. O jeito é ir enchendo os pulmões. Algumas moléculas do gás precioso espero produzir por aqui.

Um abraço!