Jornalismo é um jogo duro. O comprometimento social agregado ao ato de informar exige do profissional altas doses de perseverança e coragem. O desgaste é enorme. É só ver o que acontece no Egito, hoje terra sem lei. Jornalistas correm risco de morte para tentar contar suas histórias, e mesmo em meio a uma série infinita de agressões prosseguem em seu ofício como se fosse uma religião.
Mas é preciso lembrar de outras tantas batalhas diárias que os jornalistas enfrentam e que o atingem de forma não menos dolorosa. A alta pressão de segmentos políticos e econômicos - arraigados a seus interesses - sobre o trabalho da imprensa existe sim e de uma forma ostensiva, o que é pouco comentado pela própria mídia, por motivos óbvios, que é o de manter esses anunciantes. A intenção de grande parte dos a pedidos e direitos de resposta encaminhado às redações tentam não apenas corrigir ou alertar para o que consideram descaso com a informação, mas essencialmente intimidar os veículos de comunicação e, claro, o jornalista.
Tais atitudes só demonstram o autoritarismo de quem não consegue dialogar. Poucos tem sabedoria suficiente para estabelecer relações amistosas com a imprensa, uma pena. Para garantir a informação idônea, existem leis. Intimidar com ofensas pessoais e outras colocações que não contribuem com o teor do assunto em questão só desgastam o processo da comunicação gerando indisposição.
O que é desastroso, porém, é que esse método sistemático de agressão estimula a autocensura nas mídias frágeis , e a censura, em qualquer situação, é sempre um atentado ao direito à informação da população. Por isso é que, para manter seu compromisso com a sociedade, o jornalista sofre, mas continuará sempre engajado na missão de informar.
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