sábado, 12 de fevereiro de 2011

Hora de posicionar-se

Hoje estive envolvida em algumas discussões pedagógicas e refleti sobre o papel da escola na educação de valores. Em um mundo de velozes transformações, frequentemente pais e educadores sentem-se perdidos diante daquilo que é considerado certo ou errado dada à complexidade da vida moderna. Tendo em vista que educar significa não apenas transmitir e facilitar o conhecimento, mas orientar sobre valores, é muito importante que tenhamos esse discernimento. Diante de crianças e jovens, precisamos entrar nesse turbilhão de informações que a internet e outras formas de comunicação nos possibilitam e nos posicionar. Sinto que nesse caminho o medo e a insegurança não têm vez. Não dá para ficar em cima do muro. Crianças e jovens sabem frequentemente mais do que nós em muitos aspectos, mas anseiam por desenvolver a capacidade de discernir o que é bom ou ruim, certo ou errado. A crítica que permeia a sociedade é que os jovens não cultivam mais valores, seja humanos ou morais. Não é à toa. Se nós mesmos estamos perdidos sobre isso, como podemos esperar que eles não estejam?
É hora de posicionamento. Hora de escolher, sobre cada aspecto da realidade, cada atitude que nos é mostrada, aquilo que é melhor e bom. É preciso ser um pouco categórico e deixar claro para os nossos pimpolhos como vemos os acontecimentos que nos cercam, o que há neles que nos incomoda, extrair o que é positivo ou negativo e abraçar-se ao pêndulo da balança, indicando o que achamos correto e explicando por que motivo. Eles precisam disso. Da nossa experiência, opinião, segurança, firmeza e coragem. Somos exemplos, modelos, referências. Impossível pais e educadores abrirem mão desse papel. Se isso acontecer, uma crise de valores de proporções gigantescas nos engolirá. Mas essa é uma sombra que apenas assume contornos ainda não bem definidos. Acredito na inteligência humana. São tempos difíceis, mas não intransponíveis.

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