quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Esse crime não compensa

Itaipu/MEC
Eu sou contra a contrução de novas usinas hidrelétricas. Acredito que o tempo delas já passou. Em nossos dias, com a tecnologia existente e a comprovada eficácia das energias alternativas, mais sustentáveis ambientalmente, é praticamente criminosa a edificação desses empreendimentos que ferem de morte a vida no planeta.
O impacto ambiental dessas estruturas não compensa nenhum tipo de energia nelas produzida. Sabe-se que as terras cultiváveis alagadas e a devastação de ecossistemas inteiros são estragos incomensuráveis. Não há cifras para isso. Mas no Brasil, infelizmente, os únicos números que interessam são os dos lucros das empreiteiras, que continuam ditando as regras do jogo. E a pressão é tanta que cai o chefe do Ibama, cai até a ministra do meio ambiente.  Foi o que aconteceu na história da usina de Belo Monte, no Pará, que vai engolir parte de um dos ecossistemas mais ricos do mundo - os entornos do rio Xingú, coração da Amazônia.
Enquanto isso, nada de se debater seriamente a matriz energética brasileira. Nada de investir em outros tipos de energia. Os europeus até hoje não sabem como um país como o nosso dispensa olimpicamente a energia do sol que o banha 365 dias do ano com toda sua força. O empresário indiano que quer construir um parque eólico no Rio Grande do Sul também não entende nada. Ao desembarcar essa semana em Tapes e sentir o vento constante que sopra por ali, ele lamentou a nossa falta de ousadia em investir nesse tipo de energia. Disse que estávamos sentados sobre minas de ouro e platina e comprendeu o motivo de termos tido 13 apagões em 11 anos.
É isso, estamos sentados como tolos assistindo à destruição de nossas matas, rios, animais, plantações, resquícios arqueológicos, clima, gentes. Tudo porque o bolso sempre fala muito mais alto que a inteligência. A pergunta é: até quando o planeta vai suportar?
Para entender mais como uma usina pode impactar o meio ambiente, assista ao video! 

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