terça-feira, 8 de março de 2011

Da tribo do descanso

O modo como a gente encara o carnaval, salvo raras exceções, muda de acordo com a idade. Até os 30 a balada é intensa, com direito a fantasia, bloco, viagens e muita cerveja. O corpo aguenta. Depois dos 40 anos, a ânsia pelos dias de folia é por conta do feriado. São quatro dias para você dormir o que você não dormiu no restante do mês, tentando beber uma cerveja nos intervalos do sono. Bebeu no almoço, a siesta é grarantida. De noite pode-se beber mais um pouco para acompanhar o primeiro desfile das escolas de samba do Rio pela TV, claro. Mas, como disse, é só o primeiro desfile. O resto a gente sonha na cama, que é muito melhor que qualquer atropelo ao vivo e a cores de uma batucada.
Exageros à parte, acho o carnaval uma ótima oportunidade de sair do sério. Há quem se renove pulando atrás de um trio elétrico.  E há os que emendam o descanso. Pertenço atualmente à segunda tribo, e espero que me contem das festas depois. Para me seduzir hoje em dia, só um camarote no Rio - por uma noite, óbvio, porque ninguém é de ferro.

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